A hérnia inguinal é uma condição bastante comum, especialmente em adultos, e ocorre quando parte de um órgão ou tecido, geralmente do intestino, atravessa uma fraqueza ou defeito na musculatura da parede abdominal, formando uma protuberância na região da virilha. Abaixo, explicamos os principais aspectos dessa condição.
A hérnia inguinal ocorre devido a uma fraqueza ou defeito na musculatura da parede abdominal, que permite que parte de um órgão ou tecido se projete para fora.
Tipos de hérnias inguinais:
Direta: Mais comum em adultos, aparece devido ao enfraquecimento dos músculos com o passar dos anos.
Indireta: Geralmente congênita e mais comum em jovens e crianças.
Causas:
Fraqueza congênita (nascença).
Esforços físicos excessivos (levantar peso).
Tosse crônica ou intensa (como em fumantes).
Obesidade.
Gravidez.
Constipação crônica (esforço para evacuar).
Protuberância na virilha que pode aumentar ao tossir, levantar peso ou ficar de pé por longos períodos.
Sensação de peso ou desconforto na região afetada.
Dor localizada, especialmente ao esforço físico.
Em casos graves, pode haver dor intensa, náusea e vômito, indicando estrangulamento da hérnia (emergência médica).
O tratamento definitivo da hérnia inguinal é sempre cirúrgico, uma vez que a condição não se resolve espontaneamente. A escolha do método depende de fatores como o tamanho da hérnia, idade, estado de saúde do paciente e a experiência do cirurgião. Atualmente, as técnicas avançadas, como a cirurgia robótica, oferecem benefícios significativos.
Cirurgia Aberta: é a técnica mais antiga para o reparo da hérnia inguinal.
Como é feita: O cirurgião realiza uma incisão na região da virilha para acessar a hérnia. O conteúdo herniário é reposicionado na cavidade abdominal e a fraqueza na parede muscular é corrigida com o uso de uma tela sintética para reforço.
Pós-operatório: Recuperação pode ser mais lenta, com dor maior nos primeiros dias. Retorno às atividades leves em 2 a 4 semanas.
Cirurgia Videolaparoscópica: é uma técnica minimamente invasiva que tem se tornado o padrão para muitos casos de hérnia
Como é feita: São realizadas pequenas incisões ("furinhos") no abdômen para introdução de uma câmera e instrumentos cirúrgicos delicados. O cirurgião corrige a hérnia internamente, utilizando uma tela para reforçar a parede abdominal.
Pós-operatório: Menor dor pós-operatória. Cicatrizes menores e recuperação mais rápida. Redução do risco de infecções.
Cirurgia Robótica: é a técnica mais avançada e oferece ainda mais precisão e benefícios, especialmente para casos complexos de hérnia inguinal.
Como é feita: Semelhante à videolaparoscopia, utiliza pequenas incisões ("furinhos"), mas com instrumentos controlados por um robô cirúrgico que replica com delicadeza todos os movimentos realizados pelo cirurgião. O robô oferece uma visão 3D ampliada e maior precisão nos movimentos.
Vantagens da Cirurgia Robótica:
Maior precisão: O robô permite movimentos extremamente delicados e precisos, reduzindo o trauma nos tecidos.
Menor dor e sangramento: O menor trauma cirúrgico contribui para um pós-operatório mais confortável.
Recuperação acelerada: Retorno mais rápido às atividades diárias, geralmente em poucos dias.
Redução do risco de complicações: Como infecções e recidiva da hérnia.
Ideal para quase todos os tipos de hérnias, principalmente os casos mais complexos: Como hérnias grandes, recidivadas ou com aderências.
Pós-operatório: Retorno precoce as atividades rotineiras. Menor dor pós-operatória. Cicatrizes menores e recuperação ainda mais rápida. Redução do risco de infecções.
Como especialista em técnicas minimamente invasivas e robóticas, acredito que a cirurgia robótica representa o futuro da cirurgia de hérnia. Proporciona resultados superiores, especialmente em termos de recuperação, estética e redução de complicações. Se você busca o melhor em tecnologia e cuidado, essa pode ser a melhor opção.
Agende uma consulta para discutirmos a melhor abordagem para o seu caso!
Alta hospitalar: Muitos pacientes podem ir para casa no mesmo dia ou no dia seguinte.
Retorno às atividades leves em cerca de 1 a 2 semanas.
Evitar esforços físicos intensos por aproximadamente 4 a 6 semanas.
Manutenção de uma alimentação saudável para evitar constipação e reduzir o esforço abdominal.
Dr Jean Cesário - CRM-SP 201249
Cirurgião do Aparelho Digestivo - RQE 109723