A colecistectomia, ou cirurgia para retirada da vesícula biliar, é um procedimento muito comum e seguro, indicado principalmente para tratar problemas como cálculos biliares (pedras na vesícula) e inflamações. Neste texto, você vai entender de forma clara o que é essa cirurgia, por que ela é necessária, como é realizada e o que esperar no pós-operatório.
A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado logo abaixo ao fígado. Sua principal função é armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado que ajuda na digestão de gorduras.
Os cálculos biliares são formados quando há um desequilíbrio na composição da bile. Isso pode ocorrer devido a:
• Excesso de colesterol na bile, que leva à formação de cristais e, com o tempo, de pedras.
• Baixa motilidade da vesícula, quando ela não esvazia adequadamente.
• Predisposição genética, obesidade, gravidez ou dietas muito ricas em gorduras.
Essas pedras podem ser silenciosas, mas, em muitos casos, causam sintomas como dor abdominal intensa (principalmente no lado direito ou no centro do abdômen), náuseas, vômitos e desconforto após refeições gordurosas.
A cirurgia é indicada em casos como:
• Cálculos biliares sintomáticos, que causam dor e podem levar a complicações, como obstrução ou inflamação.
• Colecistite aguda, uma inflamação grave da vesícula.
• Pancreatite biliar, inflamação do pâncreas causada por pedras nos ductos biliares.
• Pólipos ou suspeita de tumores na vesícula, que precisam ser removidos para análise.
Hoje, a maior parte das colecistectomias é feita por videolaparoscopia, uma técnica moderna e minimamente invasiva:
• São feitas pequenas incisões no abdômen, por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos delicados e uma pequena câmera.
• O cirurgião remove a vesícula com alta precisão, resultando em menos dor, menor risco de infecção e uma recuperação mais rápida.
• Em casos raros ou mais complexos, pode ser necessário realizar a cirurgia de forma aberta.
• Existe a possibilidade de realizar a cirurgia via robótica, da qual o Dr Jean Cesário comanda os movimentos de um robô com altíssima precisão e visão 3D por dentro do abdome, garantindo resultados ainda melhores.
A cirurgia geralmente dura, em média, 40 minutos e é realizada sob anestesia geral.
A recuperação é rápida e, na maioria dos casos, tranquila:
• Alta hospitalar: Muitos pacientes podem ir para casa no mesmo dia ou no dia seguinte.
• Atividades: Caminhadas leves são incentivadas já nos primeiros dias. Esforços maiores, como carregar peso ou fazer exercícios intensos, devem ser evitados por cerca de 4 semanas.
• Alimentação: Nos primeiros dias, é recomendada uma dieta leve, evitando alimentos gordurosos. Com o tempo, a maioria dos pacientes pode retomar sua alimentação normal, sem grandes restrições.
• Adaptação: Sem a vesícula, a bile passa a ser liberada diretamente no intestino. Isso não afeta a digestão de maneira significativa para a maioria das pessoas.
Dr Jean Cesário - CRM-SP 201249
Cirurgião do Aparelho Digestivo - RQE 109723